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AÇÕES COMO LEGÍTIMA DEFESA ECONÔMICA
Como as regras do nosso mundo capitalista valorizam sobretudo o capital, investir em ações é uma forma de legítima defesa econômica. Sentimos que a inflação real (ex: 20% ao ano) tem estado em torno do dobro da inflação oficial (ex: 10% ao ano) e que os juros de aplicações em renda fixa (ex: poupança, CDB) estão abaixo da inflação real e frequentemente ficam inclusive menores do que a inflação oficial. Isso revela que a tradicionalmente elogiada renda fixa, na verdade, tem significado perda fixa de poder aquisitivo. Por isso, como se explica a seguir, investir em ações acaba sendo uma forma de se defender desse sistema econômico, já que os acionistas podem ser consumidores que se unem para produzir o que consomem, evitando pagar lucro a fornecedores de produtos e serviços e ainda dividindo entre si o ganho da atividade prestada aos terceiros não acionistas.
Os donos do poder político-econômico através de farta publicidade colocam na cabeça da população que é seguro e rentável investir em poupança, CDB e outras rendas fixas que pagam juro abaixo de 1% ao mês. Por vias transversas, esses poderosos pegam esse dinheiro da população, emprestam a quantia para terceiros com juro até mesmo acima de 400% ao ano, caso em que ficam com uns 390% do valor do juro e pagam menos de 12% por ano ao dono do dinheiro. E pior: às vezes quem paga juro alto, por exemplo, em fatura de cartão de crédito, tem dinheiro aplicado nessas rendas fixas. Ou seja: seguidamente o dono do dinheiro paga mais de 400% de juro ao ano pra usar o dinheiro dele próprio!
Ao longo da história, a compra e venda é que de longe tem proporcionado mais dinheiro. Não é o estudo, a prestação de serviço, nem a produção. É o uso do capital para comprar e vender, lucrando a diferença. O comércio não exige estudo formal, nem produz e paradoxalmente é o que oportuniza o ganho mais alto. Como resultado disso, ao usar o valor recebido por trabalho diverso da compra e venda comercial, as pessoas quase sempre são submetidas a remunerar o vendedor com um alto percentual de lucro, razão pela qual na maioria das vezes o salário acaba não sendo suficiente para se comprar as coisas necessárias e úteis para se viver com o padrão de vida entendido como justo.
Essas são apenas umas das agressões econômicas que caracterizam o mundo contemporâneo – geralmente sem que os agredidos percebam que estão sendo violentados. Embora possa não parecer, ações de sociedades anônimas (popularmente chamadas “empresas”) significam cooperação e solidariedade, pois as pessoas juntam os seus dinheiros para produzir coisas de que sozinhas precisariam e não poderiam produzir, geram empregos, vendem também a terceiros que não investem na produção e, por fim, dividem proporcionalmente o lucro dessas vendas.
Desse modo, em vez de emprestarem o seu dinheiro para o banco fazer fortuna, os acionistas usam o capital deles para eles próprios produzirem e ganharem o que o banco ganharia. Ao invés de pagar alto percentual de lucro ao vendedor de comida, energia elétrica, telefone, internet, roupa, carro, casa etc., no fim das contas o consumidor compra ações dessas empresas e por se tornar acionista passa a receber o percentual de lucro e não a pagá-lo. Jogando dentro das regras desse jogo econômico – que nos está imposto, queiramos ou não -, a pessoa evita ser agredida e passa a se defender. Muda de posição e vai para o outro lado da cadeia negocial. Inclusive, no lugar de pagador de juro ao banco, passa para o de recebedor dos juros obtidos pelo banco. No exemplo acima, do cartão de crédito, deixa de receber 12% ao ano e passa a participar da divisão dos 390% no mesmo período.
É um erro apenas trabalharmos pra vencermos os preços altos que diariamente pagamos ao capital alheio. Precisamos no mínimo empatar esse jogo, fazendo nosso pequeno capital também render bem. Por esse prisma, seria ideal se todos conseguissem se tornar acionistas das empresas cujos produtos e serviços consomem.
Atente-se para o fato de que mera compra e venda de ações não se confunde com especulação. Especular é agir para ganhar muito e aceitar correr alto risco de perder, sem ter compromisso, cooperação, solidariedade com os demais acionistas e a empresa, como quando se vendem ações nos momentos de queda do preço e ainda mais quando se age para fazer o preço da ação subir ou descer de modo artificial, sem razão real, apenas para comprar e vender, ficando com a alta diferença de preço e gerando a miséria alheia. Comprar ação para participar de empresa, obter parte proporcional do lucro e vender a ação sem prejudicar a sociedade anônima e os demais acionistas, pelas razões já mencionadas, é algo totalmente saudável, enquanto a especulação, como dito, é coisa das mais reprováveis.
A propósito, parece-nos que é justamente a especulação que mais afugenta as pessoas de comprarem ações, uma vez que as acentuadas variações artificiais de preços percebidas na bolsa de valores geram risco de perda e diminuem a divisão do lucro. A diferença é que comprar e vender, participando da atividade da empresa e do lucro dela, significa jogar com “fair play” e contentar-se com empate, de modo que especular equivale a se satisfazer apenas se ganhar de goleada, fazendo o técnico e os jogadores adversários perderem o emprego. Investir não se trata de jogo, de aposta, e sim de convivência entre pessoas que têm o direito de serem igualmente remuneradas de forma justa.
Muito embora nesse sistema econômico seja impossível impedir a dita especulação, há formas criativas e eficazes de evitá-la, tornando-se seguro o investimento ora sugerido nessa área do mercado financeiro. Por exemplo, seguindo apenas 2 regras gerais simples que abaixo sugerimos.
Primeira: destinar pra ações toda a quantidade de dinheiro próprio que não se pretende usar nos 3 anos seguintes (tempo razoável para recuperação de preços após uma crise), com limite máximo de 2/3 de todo o patrimônio do investidor (pelo menos 1/3 para manutenção do padrão de vida necessário, excluídos gastos úteis e voluptuários).
Segunda: comprar ações de empresas diversas, de setores diferentes da economia (setor financeiro, elétrico, alimentício, de comunicação, construção civil, móveis, papel, madeira, siderurgia, combustíveis etc.), quando os preços forem baixos e reais (queda na bolsa, quando há crise ou diminuição dos preços antes elevados sem razão real), com limite máximo de 33% do dinheiro das ações para cada uma das empresas escolhidas.
Usar aproximadamente 10% do dinheiro das ações pra cada uma de 10 empresas diferentes selecionadas é uma opção segura e equilibrada. Quando umas tiverem problema, as demais mantêm uma boa renda de proventos. É ótimo sempre se ter em mente que em regra as empresas com lucro dividem ele com os seus acionistas e assim, mesmo que o preço da ação delas caia, o comprador segue com o mesmo número de ações adquiridas, recebendo valor proporcional à quantidade dessas unidades. E a aquisição pode ser feita entre as sociedades anônimas que costumam pagar proventos equivalentes à média de mais de 1% ao mês sobre o valor unitário da compra. Desse modo, mesmo que o preço das ações compradas tenha queda, o comprador ainda terá rendimento superior à poupança e aos CDBs – os quais, como se demonstra, ficam vistos como opções que em prazo superior a 3 anos seguramente geram perda fixa.
De forma simples, objetiva, não detalhada, resumida e sem termos técnicos, eis nossa opinião, que se confunde com uma sugestão para quem pouco ou nada entende dessa área, ainda tão desconhecida da população brasileira: é preciso encontrar alternativa para a manutenção do poder aquisitivo, ter ganho justo (sem excesso nem agressão econômica) e evitar o lucro alheio excessivo e agressivo de quem pouco se qualifica, nada produz e apenas revende. Nesse sentido, temos convicção de que investir em ações significa uma opção excelente e adequada: uma verdadeira legítima defesa econômica!
Vicente Zancan Frantz – Setembro de 2016.
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